quinta-feira, 21 de setembro de 2017



Darwin e os... ?


Em poucas palavras, o legado de Charles Robert Darwin, o naturalista britânico, foi convencer a comunidade científica da ocorrência da evolução, e propor uma teoria para explicar como ela se dá por meio da seleção natural. Esta teoria culminou no que é, agora, considerado o paradigma central para explicação de diversos fenômenos na biologia.
Deveria ser obrigatória a leitura do seu livro “A Origem das Espécies”, mesmo que o Brasil tenha que engolir algumas passagens como a do relato do seu regresso da Fazendo Sossego, “por uma estrada cheia de buracos, onde mal passa um carro de bois e cheia de cruzes que em vez de assinalarem distâncias, recordavam assassinatos!” Na sua passagem pelo Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, Darwin descobre um mundo novo de sedução e horrores: escravatura brutal, sujeira, desconforto, em paralelo com uma paisagem exuberante.
Felizmente que isto se passou há quase 200 anos. Se fosse hoje... veria a escravatura do povo face à bestialidade dos governantes, a sujeira de algumas cidades como o Rio onde os bandidos não deixam entrar os serviços de limpeza, e o desconforto de ter que falar com políticos que talvez exigissem dinheiro; quanto à paisagem exuberante teria que correr à Amazónia que estão a destruir. Mas enfim!
Imagina-se que a maioria da população mundial já tenha constatado, ou simplesmente acreditado, que a Teoria das Espécies é uma verdade científica incontestável, apesar de sempre se estranhar que chimpanzés e orangotangos tenham 92 ou 95% do DNA igual ao nosso, e que seja verdade aquele velho ditado “se queres conhecer teu corpo, abre um porco”!
Bípedes com carteira de identidade que assim os considera homo sapiens, também há aos milhões, sabendo nós, uns quantos de nós, que esses bípedes envergonham até os mais asquerosos insetos e moluscos, como a lesma.
Mas o curioso de tudo isto é que:
- A Turquia proibiu o ensino da Teoria das Espécies em todas as escolas, independente do seu nível – do primário ao burrário;
- Nos Estados Unidos, país evoluído em ciências – todas – a maioria das escolas continua a ensinar que o homem apareceu na Terra há uns 6.000 anos, e que Darwin foi um charlatão. Deve ser difícil para eles conciliarem esta teoria com a chegada dos primeiros humanos ao continente ameríndio há uns 13.000. Talvez estes fossem alienígenas, que os americanos adoram.
- Já uma vez um feroz adventista quase me bateu quando eu falei na Evolução e ele rosnou com os dentes cerrados dizendo que ninguém o chamava descendente de um macaco. Tinha razão o homem. Era uma besta, e só poderia descender de um gorila; e quando lhe perguntei quem teria pintado as grutas como Altamira e outras que se calcula tenham entre 15 e 30.000 anos, respondeu seguro: isso é invenção dos que se dizem cientistas. Isso é tudo mentira! O que está na Bíblia é que é a verdade! Pobre Buda, Sidarta Gautama, que morreu sem ter conseguido conhecer a verdade!
Sem ter sido um arqueólogo, Charles Darwin com certeza teria ficado fascinado se naquele tempo já se conhecessem e tivesse visitado as cavernas da Serra da Capivara, no Norte do Brasil, Piaui. A paisagem da caatinga, apesar de pobre é uma maravilha. As serras são formadas por imensos arenitos onde há milhões de anos era mar, e como é uma rocha relativamente friável, por todo o lado se encontram cavernas, desde pequenas a outras imensas.
Nessas cavernas há milhares de pinturas rupestres, algumas delas de grande beleza de colorido, desenhos mais ingénuos dos que as das cavernas em França ou Altamira, mas que o exame das tintas, pelo método do Carbono 14 concluiu que algumas terão até perto de 100.000 anos!
O senhor Erdogan deve ficar muito chateado com estes números, bem como todos aqueles que se fixam no “sophos” da Bíblia. Mas como são nhurros (segundo gíria do Porto, Portugal, “nhurro” significa pouco inteligente, teimoso como um burro) vão dizer que o Carbono 14 é outra farsa dos cientistas que só querem “aparecer”.


Curiosidade: os homens já se ornavam com cocares na cabeça!




Serão assim as pinturas mais antigas do mundo e uma delas com características que a distingue de todos as demais: desenhos com tinta azul!
Existem atualmente 737 sítios arqueológicos catalogados onde foram encontrados artefatos líticos, esqueletos humanos, pinturas rupestres com aproximadamente 30.000 figuras coloridas, que representam cenas de sexo, de dança, de parto, entre outras
Se até há pouco se dizia que o continente americano teria começado a ser ocupado por homo sapiens há uns 12 ou 13 mil anos, mais tarde já se falava em 18.000, e agora estas pinturas levam-nos a 25.000, 59.000 e... Quem as pintou? Donde vieram esses homens que depois terão sumido visto não haver elos de ligação conhecidos que os façam antepassados dos “índios” atuais.
É sabido que há 40.000 anos já os aborígenes da Austrália tinham feito pinturas em cavernas. Também era voz corrente que os primeiros homo sapiens terão entrado no continente americano via o atual estreito de Bhering, na altura congelado, mas é tão evidente a diferença antropomórfica entre os povos do norte e sul e até leste e oeste americanos, muitos iguais aos aborígenes da Austrália, outros tipicamente, uns caucasianos ou persas, que se vê que vieram de diversas origens. Quando ???
Vejamos alguns tipos humanos tirados da Enciclopédia “Las Razas Humanas” (Barcelona, 1945):

Da tribu Shani, quase extinta. Costa Leste (Fenício?)

Povo Aimará. Lago Titicaca

Do interior da Amazónia. (Austrália?)

Chamacoco. Paraguay/Brasil. (Java? Ilhas Andaman?)

Da selva equatorial. (China?)

Costa Leste. Canadá/EUA (Vicking?)

Costa Noroeste. Canadá/Alaska (China, Japão?)

Onas. Tierra del Fuego. Quase totalmente dizimados.

Pelas fotos vê-se que alguns podem ter saído da Europa, outros da Pérsia, da China, da Austrália, etc.

O que todos gostaríamos de saber é quem pintou as cavernas... e quando!
E como Darwin se teria encantado a mexer nas milhares de ossadas que essas cavernas guardam!

18/09/17



Um comentário:

  1. Darwin esteve no Rio e tem umas observações interessantes dele sobre a nossa cidade, um dia vou colocar no blog.

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